Um estudo da Mozilla apontou uma realidade preocupante sobre privacidade no contexto automotivo: todos os 25 fabricantes de carros analisados falharam em seus testes de privacidade, sugerindo que as políticas de coleta de dados dos veículos modernos são excessivas e potencialmente invasivas. Os termos de privacidade cobrem uma variedade surpreendente de dados pessoais, incluindo informações que muitos considerariam altamente confidenciais, como histórico sexual e dados genéticos. A justificativa para tal amplitude é a conformidade com as leis estaduais sobre dados coletados inadvertidamente.
A preocupação com a privacidade se estende além das cláusulas legais e entra no domínio prático, onde há uma falta de transparência significativa. Os consumidores têm poucas opções se quiserem evitar tecnologias de registro de dados, já que quase todos os novos veículos vêm com algum nível de tecnologia embarcada. Isso levanta questões sobre por que as empresas automobilísticas desejariam informações pessoais profundas e o que fariam com elas. A pesquisa da Mozilla foi baseada na análise de políticas de privacidade e documentação pública, revelando uma lacuna entre o que as políticas permitem e o que as empresas de fato fazem com os dados coletados.
Diante desse cenário, os consumidores enfrentam escolhas difíceis: ler detalhadamente cada uma dessas políticas para encontrar a menos invasiva, comprar carros antigos sem recursos inteligentes, ou simplesmente prescindir do uso de carros. Isso se torna ainda mais complexo considerando que apenas uma pequena porcentagem das famílias americanas vive sem carro, muitas vezes não por escolha, mas por questões financeiras. A combinação da indisponibilidade de carros desconectados e a falta de clareza no uso de dados de motoristas significa que os consumidores têm pouca ou nenhuma garantia de que suas informações serão usadas de maneira responsável.
Com informações - Engadget.